A história reinventa-se. Depois dos caminhos da fama quase terem arruinado uma das mais adoradas personagem de BD, eis que ele volta para começar de novo. O incomparável Michael Keaton deu corpo aos dois primeiros episódios dirigido pela mão de Tim Burton e, a partir daí, não só a BD, mas também a saga de filmes de Batman, conquistava fãs em todo o mundo.

Val Kilmer substitui Michael Keaton no 3º episódio, antecipando o pior, ao protagonizar Batman Forever, que enreda por um estilo mais mainstream, deixando para trás o género dark e misterioso dos antecessores. Este é, então, o ponto de viragem na história da saga. A mítica de culto é substituída por um género mais virado para uma cultura pop com o único intuito de lucrar com a popularidade dos filmes. A morte da série chega com George Clooney (só por si uma má escolha para o papel) no 4º filme da série, Batman & Robin. Um péssimo argumento, um vilão principal interpretado por Arnold Schwarzenegger que é um insulto aos vilões anteriores (Joker e Pinguin) e nem Uma Thurman, que parecia ser uma boa aposta, consegue salvar o filme de se afundar. O filme chega a ser rídiculo de tão mau que é.

Cientes do fraco sucesso dos últimos 2 filmes e da perda de prestígio que a personagem teve, os produtores decidiram cortar com o passado e começar de novo. Batman Begins não é uma sequela dos anteriores é apenas uma tentativa dos criadores de se redimirem perante o público fã, dando-lhes um filme com qualidade. Christian Bale parece, à partida, uma mais-valia, uma vez que encarna na perfeição o espírito de Bruce Wayne, um homem rico, mas sombrio. O resto é esperar para ver.
A estreia do filme no nosso país está prevista para dia 23 de Junho.